Relatório revela problemas na Assistência Farmacêutica em Ipirá

Recentemente, a Fiscalização do Conselho Regional de Farmácia do Estado da Bahia produziu um relatório sobre a fiscalização nas unidades públicas de saúde do município de Ipirá para apurar situação da assistência farmacêutica, expondo problemas que prejudicam a saúde da população.

Durante este mês de janeiro, foram conduzidas 16 inspeções em diversas unidades, abrangendo desde unidades de saúde da família até o hospital municipal e a Central de Abastecimento Farmacêutico/Farmácia Básica.

O primeiro problema apontado pelo relatório foi o fato de que nenhum dos estabelecimentos inspecionados possui cadastro de farmacêutico no CRF. Além disso, apenas em três estabelecimentos foi encontrada a presença desse profissional.

A Unidade de Pronto Atendimento (UPA), atualmente fechada para reforma, atua como anexo ao Hospital Municipal. Já a Unidade Básica de Saúde (UBS) I, apesar de oferecer serviços de saúde à mulher, não realiza a dispensação de medicamentos ao público, limitando-se ao uso ambulatorial dos mesmos.

Nas Unidades Básicas de Saúde e Unidades de Saúde da Família, a fiscalização constatou que a entrega de medicamentos é realizada por técnicos em enfermagem ou enfermeiros, sem supervisão farmacêutica. A sala designada como farmácia não possui a climatização adequada, e em duas unidades foram identificados sinais de mofo nas paredes devido a infiltrações e umidade.

É urgente que o município de Ipirá cadastre o profissional responsável pela supervisão dos estabelecimentos junto ao Conselho e amplie o quadro de farmacêuticos para proporcionar uma assistência farmacêutica adequada à grande quantidade de estabelecimentos que dispensam medicamentos à população.

Além disso, a estrutura física dos estabelecimentos deve ser revista, com a devida climatização das farmácias e a implantação de controles de temperatura para preservar a eficácia dos medicamentos. A presença de mofo, devido às infiltrações, também compromete a eficácia dos mesmos, tornando crucial a necessidade de ações corretivas.

O CRF-BA espera que a divulgação dessas informações sensibilize a gestão municipal a tomar as providências necessárias para aprimorar a assistência farmacêutica, um componente vital para os serviços de saúde oferecidos à população.

Fonte: crf-ba.org.br