Casos de meningite registrados na Bahia em 2023 crescem 2,7%
Casos de meningite registrados na Bahia, de janeiro a 2 de setembro deste ano, revelam aumento de 2,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Até a semana epidemiológica 35 (27/08 a 2/09), foram 294 casos confirmados, sendo que ano passado foram 286. No entanto, segundo a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), o índice está dentro do esperado, mas deve servir de atenção para incentivar a vacinação.
Só neste ano, até o dia 2 de setembro, foram notificados 628 casos na Bahia. Os dados são da Sesab, e ainda apontam 50 óbitos, apresentando 17% de letalidade.
No mesmo período de 2022, foram notificados 595 casos, sendo confirmados 286 como meningite. Os óbitos da doença contabilizam 59, tendo letalidade de 21%. “Dos 294 confirmados neste ano, 129 casos por meningites foram bactérias, 61 casos foram meningites virais, 16 casos por outra etiologia, pode ser fungo, pode ser trauma, e ainda tem 88 casos não especificados”, explica Vânia Rebouças, coordenadora do Programa Estadual de Imunização.
Capital
Salvador é o município que apresenta maior número de casos no estado (96), seguido por Vitória da Conquista (20) e Feira de Santana (9). Também ocorreram sete casos em Lauro de Freitas, seis em Simões Filho e cinco em Mata de São João.
A meningite é uma doença que causa inflamação nas meninges e é endêmica, ou seja, está circulando em nosso território e pode ser causada por vários agentes etiológicos como vírus, bactérias, fungos, mas também outros tipos de agentes que não sejam infecciosos, como um trauma.
“As meningites bacterianas se caracterizam com casos mais graves. Não significa que as meningites virais não podem agravar, mas na maioria dos casos, as meningites bacterianas têm relevância epidemiológica por conta da alta letalidade”, explica a coordenadora do programa.
Cuidado
“É importante que os municípios fiquem atentos, pois é uma doença de notificação obrigatória. No caso de suspeita de uma meningite provocada, por exemplo, pela Neisseria meningitidis, a gente tem que fazer a quimioprofilaxia dos contactantes, ou seja, fazer a medicação, um antibiótico, dos contatos do caso de meningite”, disse a coordenadora Vânia Rebouças.
No final do mês passado, uma paciente de 24 anos teve um diagnóstico para a meningite bacteriana em Alagoinhas, que passou a ser investigado pela Vigilância Epidemiológica de Alagoinhas (Viep).
No início deste mês, um bebê de 1 ano morreu de meningite bacteriana em Feira de Santana.
A Tarde