Mortos rompem a marca de 5.000 após terremoto na Turquia e Síria
O terremoto que assolou a Turquia e a Síria na madrugada da última segunda-feira (6) já provocou mais de 5.000 mortes, de acordo com um novo balanço divulgado nesta terça-feira (7). Equipes de resgate continuam a busca por sobreviventes entre os escombros dos prédios que desabaram.
Pelo menos 3.419 óbitos foram confirmados na Turquia, enquanto 1.602 pessoas perderam a vida na Síria — em áreas controladas pelo governo e setores nas mãos dos rebeldes. Com isso, o total de perdas atingiu 5.021, de acordo com autoridades dos dois países e médicos socorristas.
Os socorristas enfrentam o frio e muito entulho em busca de sobreviventes. Às vezes, usam as próprias mãos para retirar pedaços de concreto.
Em Hatay, no sul da Turquia, equipes conseguiram resgatar com vida uma menina de 7 anos presa sob uma montanha de escombros. “Onde está minha mãe?”, disse a menina nos braços de um salva-vidas, vestindo um pijama rosa manchado de poeira.
As más condições climáticas na região da Anatólia complicam os esforços de resgate e complicam a situação dos sobreviventes, que se aquecem em tendas ou com fogueiras improvisadas.
Equipes de socorro na Turquia e na Síria relataram mais de 5.600 prédios desabados, incluindo vários prédios residenciais onde a maioria dos ocupantes dormia no momento do terremoto principal.
ARTE/R7
Ajuda internacional
A ajuda internacional à Turquia deve começar a chegar na terça-feira (7) com as primeiras equipes de resgate de lugares como França e Catar. A equipe francesa deve viajar principalmente para Kahramanmaras, epicentro do terremoto, região de difícil acesso e soterrada pela neve.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, prometeu a Recep Erdogan “toda a ajuda necessária, seja ela qual for”.
Dois destacamentos americanos com 79 socorristas cada estavam se preparando para ir ao local na segunda-feira, informou a Casa Branca. A China anunciou o envio de ajuda de 6,9 milhões de dólares, que incluirá equipes especializadas para socorro em ambientes urbanos, equipamentos médicos e suprimentos de emergência, segundo a mídia estatal de Pequim.
Por outro lado, o apelo lançado pelo governo sírio já recebeu resposta do seu aliado russo, que prometeu equipes de socorro “nas próximas horas”, além de 300 soldados russos que já se encontram no local para ajudar nos resgates.
A ONU também reagiu, mas insistiu que a ajuda deve chegar a “todos os sírios em todo o território”, também na parte que não está sob controle do governo.
Aproveitando o caos causado pelos choques, cerca de vinte combatentes supostamente do grupo Estado Islâmico (EI) escaparam de uma prisão militar em Rajo, controlada por rebeldes pró-turcos.
R7