Rui Costa contratou empresa de maconha por não dominar o inglês, diz revista

A falta de fluência em inglês teria sido um dos motivos para o governador Rui Costa (PT) ter assinado, sem desconfiar, o contrato para comprar respiradores com a empresa Hempcare, especialista em vender medicamentos à base de maconha. Segundo a revista Veja, que teve acesso ao depoimento no inquérito do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o governador disse que não chamou atenção dele o nome da empresa.

Em inglês, hemp é maconha, e care é cuidado. “Não. Confesso que não e lá tinha representantes de produtos farmacêuticos. Estava essa denominação da empresa e não me chamou a atenção, no momento, pelo nome, até porque eu não tenho pleno domínio da língua inglesa. Portanto, eu não domino”, justificou Rui Costa à delegada Luciana Caires.

A delegada também questionou sobre o pagamento antecipado à empresa. O governador disse que não sabia desta transação. “Não. Tô tendo conhecimento disso agora”, afirmou Rui Costa. A delegada insistiu que o então secretário da Casa Civil, Bruno Dauster, alvo da Operação da Polícia Federal, afirmara que Rui Costa acompanhava essas questões de perto. “Nesse episódio, não. De pagamento ser feito antes de eu assinar o contrato? Em hipótese nenhuma”, afirmou.

Rui também negou que tivessse uma relação próxima com Cleber Isaac. “Nenhuma relação, nem familiar, nem pessoal, nem profissional. Eu conheço ele como conheço milhares de outras pessoas”. A delegada perguntou se os dois não estariam juntos no gabinete do governador como conheço milhares de outras pessoas”. A delegada perguntou se os dois não estariam juntos no gabinete do governador caso ela analisasse os sinais de celulares. “Este ano não. A última vez que ele teve, não lembro se no meu gabinete ou em Ondina, foi para me entregar um currículo, dizendo que estava querendo entrar no mercado de trabalho”, disse.

Correio da Bahia