Papa diz que não é santo e que dança tango e cita Roberto Carlos em entrevista

O Papa Francisco disse, no domingo (6), que não é santo e que dança tango e citou uma música de Roberto Carlos em entrevista à televisão italiana.

O líder da Igreja Católica falou com a emissora RAI e defendeu o meio ambiente, a imigração além de revelar detalhes da sua vida pessoal.

Em uma conversa descontraída, o Papa foi perguntado sobre seus gostos musicais. Isso porque o pontífice foi flagrado no mês passado quebrando protocolos e visitando uma loja de discos.

Ele disse que gosta principalmente de música clássica, mas que também é fã de tango – ritmo tradicionalmente argentino, de onde vem o Papa.

Perguntado se dançou tango quando jovem na Argentina, seu país natal, ele respondeu: “Um portenho que não dança tango não é um portenho”.

Papa Francisco em entrevista para a televisão italiana em 6 de fevereiro de 2021 — Foto: Reprodução/Reuters TV

Papa Francisco em entrevista para a televisão italiana em 6 de fevereiro de 2021 — Foto: Reprodução/Reuters TV

Portenho, em espanhol porteño, é o nome dado para os moradores da capital Buenos Aires, onde nasceu Francisco.

O líder da Igreja Católica disse também que “não é um santo” e que precisa estar perto das pessoas o máximo possível. Ele disse também que tem “poucos, mas verdadeiros” amigos.

Imigração na Europa

Na entrevista, Francisco também reiterou alguns dos principais temas de seu papado, defendendo os direitos dos imigrantes e condenando a rigidez ideológica dos conservadores na Igreja.

Ele pediu novamente à União Europeia que os países recebam os imigrantes que chegam à Itália e à Espanha para não pressionar excessivamente apenas alguns países.

Meio ambiente e Roberto Carlos
Francisco, que tem feito da defesa do meio ambiente um pilar de seu pontificado, disse que despejar plástico em cursos d’água “é criminoso” e tem que acabar se a humanidade quiser salvar o planeta.

“Jogar plástico no mar é criminoso. Mata a biodiversidade, mata a Terra, mata tudo”, disse ele.
“Cuidar das gerações futuras é um processo de educação em que precisamos nos engajar”, afirmou ele, citando uma música de Roberto Carlos em que um menino pergunta ao pai por que o rio não canta mais e o pai responde que já não existe mais.

G1