A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) informou nesta terça-feira, 19, que quase 2 milhões de pessoas não compareceram aos postos de saúde para completar a vacinação contra a Covid-19. O número representa a quantidade apta para tomar a segunda dose de acordo com o aprazamento de cada imunizante.

De acordo com a pasta estadual de saúde, dentro do montante do público em atraso, estão 332.091 pessoas que tomaram a vacina Coronavac; 539.830 que receberam a Oxford/AstraZeneca; e 1.127.959 que tomaram a Pfizer/BioNTech. Titular da Sesab, Tereza Paim alertou a necessidade de completar a imunização.

“É importante que as pessoas busquem as unidades de saúde para se vacinarem contra a doença, incluindo também a dose de reforço. O esquema completo de vacinação dá uma maior garantia de defesa contra a Covid-19”, ressaltou Paim, que ainda destacou que a principal medida para conter o avanço da Covid-19 está justamente na vacina.

Além de não garantir a efetividade completa da imunização, os atrasos podem acarretar a perda de doses, como pontuou a coordenadora de imunização do Estado, Vânia Rebouças. Ela destaca que as doses enviadas da Pfizer, por exemplo, precisam ser aplicadas no prazo de até 31 dias, por conta das especificidades no armazenamento.

“Uma vez enviadas aos municípios, as doses só mantêm a validade em temperatura positiva nesse prazo de até 31 dias. Por isso, é tão importante que a população esteja atenta a esse retorno e compareça aos postos de vacinação para concluir o esquema vacinal contra a Covid-19”, afirmou Vânia.

Antes da distribuição, os imunizantes são armazenados em ultracongeladores que chegam a temperaturas de até -86°C.

Uso de máscaras

Na segunda-feira, 18, a Bahia comemorou a marca de 50% da população com 12 anos ou mais completamente imunizada contra a Covid-19. No entanto, o avanço da vacinação não deve ser motivo para abandonar o uso de máscara, que representa uma forma efetiva e comprovada de prevenção à transmissão da Covid-19.

Para a secretária da Saúde, Tereza Paim, abolir o uso de máscara nesta etapa da pandemia representaria um enorme retrocesso na luta contra coronavírus.

“Estar vacinado não quer dizer que a gente pode estar desprotegido. Apenas depois que a maior parte da população estiver vacinada com as duas doses, mais de 80% da população, é que a gente vai poder começar a pensar de que maneira e em quais locais poderemos estar sem máscara, preferencialmente em locais abertos”, completou a titular da Sesab.

A Tarde