Expectativa para inflação de 2021 sobe pela 28ª vez e chega a 8,69%
Após a inflação fechar setembro com a maior alta para o mês dos últimos 27 anos, os economistas do mercado financeiro consultados semanalmente pelo BC (Banco Central) elevaram pela 28ª semana seguida suas previsões para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
Conforme as estimativas divulgadas nesta segunda-feira (18), a aposta atual é que o índice oficial de preços feche 2021 em 8,69%. Na semana passada, as apostas apontavam que a inflação terminaria o ano em 8,59% e, há quatro semanas, em 8,35%.
Os saltos das estimativas para o índice oficial de preços são impulsionados pelas recentes altas no preço da energia elétrica e dos combustíveis, que causam um efeito cascata em outros produtos da economia.
Caso a nova expectativa seja confirmada, a inflação chegará ao fim de 2021 acima do dobro da meta estabelecida pelo governo para o ano, de 3,75%, com margem de tolerância de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%).
Para 2021, a previsão para o índice oficial de preços subiu pela 13ª semana consecutiva, de 4,17% para 4,18%. As apostas para 2022 e 2023, por sua vez, foram mantidas em, respectivamente, 3,25% e 3%.
Apesar do aumento nas expectativas para a inflação, os economistas do mercado financeiro mantiveram projeção para a taxa básica de juros em 8,25% ao ano no fim de 2021. Atualmente, a Selic figura em 6,25% ao ano.
Ao lado da previsão de maior alta nos preços aparece uma projeção de que o dólar fechará dezembro em R$ 5,25, o mesmo patamar estimado na semana passada. Para os preços administrados, tais como energia e combustíveis e planos médicos, a expectativa é de alta de 13,6% neste ano.
R7