Cerca de 5,3 milhões de empresas têm crédito aprovado pelo Pronampe

As empresas que precisam de recursos para lidar com o mercado neste cenário de pandemia já podem solicitar o financiamento por meio do novo Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). O prazo dura até o dia 31 de dezembro e até 5,3 milhões de empresas têm direito ao crédito, de acordo com a Receita Federal. Deste montante, 4,3 milhões de empresas fazem parte do Simples Nacional, enquanto 1 milhão estão de fora do regime simplificado.

A Caixa Econômica disponibilizou no início de julho um novo limite de R$ 6,3 bilhões para contratações de empréstimo pelo programa. Cada empresa pode conseguir até R$ 150 mil de crédito.

Criado em 2020, o Pronampo ofere créditos às empresas por um juros mais baixo e um prazo maior para começar a pagar, como uma forma de ajudar os empreendedores, principalmente diante da crise econômica agravada peaa pandemia. Os interessados devem procurar as instituições credenciadas pelo Banco Central. e fazer um cadastro no banco escolhido. Uma das opções para facilitar o processo é ter a ajuda de um contador, como destaca Gilmar Mendes, membro do Conselho Regional de Contabilidade da Bahia (CRCBA).

“A necessidade de investimento para a adequação aos novos métodos de trabalho, aliada às condições bastante atrativas, fazem com que as micro e pequenas empresas busquem esse financiamento disponibilizado pelo governo federal”, afirmou.

O crédito é disponibilizado para microempresas com faturamento de até R$ 360 mil por ano e pequenas empresas com faturamento anual de R$ 360 mil a R$ 4,8 milhões, e pode ser requisitado o valor de até 30% da receita bruna anual registrada em 2019.

No caso dos negócios abertos após esta data, o limite de financiamento é de até metade do capital social ou de 30% do faturamento médio mensal. O valor pode ser utilizado também para a compra de equipamentos e reformas, além de cobrir o custo com despesas e folha salarial.

“A taxa de juros básica aplicada (Selic) é de 6,5% anual + 6% sobre o valor concedido. A empresa tem até 36 meses para efetuar o pagamento. No entanto, os recursos poderão ser aplicados em investimentos e em capital de giro isolado e associado, sendo vedada a destinação para distribuição de lucros e dividendos entre os sócios”, explica Gilmar.

A Tarde