Leo Prates defende diminuição no intervalo entre doses de vacinas de Oxford e Pfizer

O secretário municipal de Saúde de Salvador (SMS), Leo Prates, defendeu que os intervalos das aplicações de doses das vacinas contra a Covid-19 da Pfizer e da Oxford/AstraZeneca sejam diminuídos. A defesa foi feita através de publicação no Instagram, nesta segunda-feira (12).

Ele pede que, em vez de 12 semanas, o intervalo do imunizante da Oxford/AstraZeneca seja de nove semanas, e que d da Pfizer, que, atualmente, possui o mesmo período, seja diminuído para 21 dias.

“Estou defendendo também, neste momento, a redução do prazo, no Brasil, da vacinação da Oxford/AstraZeneca, que a distância entre a primeira e segunda doses seja reduzida para nove semanas, porque a própria bula do fabricante diz que a eficácia permanece praticamente a mesma”, afirmou, ao defender também a redução do prazo oferecido hoje para vacinação do imunizante da Pfizer.

O discurso de Prates é uma reação aos prazos determinados pelo Ministério da Saúde. No dia 29 de junho, a pasta federal manteve o intervalo vigente de 12 semanas para as duas doses da vacina da Pfizer. A decisão foi anunciada em nota técnica da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), segundo a CNN Brasil.

A bula do imunizante prevê um período de 21 dias entre as doses, tendo como base os testes de segurança e eficácia da fórmula.

Segundo a secretaria, recomendações recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam a eficácia da estratégia adotada pelo Brasil já no início da campanha de vacinação. Segundo a nota técnica, dados de estudos conduzidos nos Estados Unidos e Reino Unido, por exemplo, identificaram um maior pico de produção de anticorpos no esquema com intervalo de 12 semanas em relação ao esquema padrão de 21 dias.

O ministério diz, ainda, que o esquema de 12 semanas contribui para que o Brasil atinja maior cobertura vacinal com a primeira dose.

VARIANTE DELTA
Prates também alertou para que, quem estiver com a aplicação da segunda dose atrasada, compareça a um posto de vacinação. Ele afirma que o apelo se deve ao aparecimento no Brasil da variante delta, identificada inicialmente na Índia. “A boa notícia é que as vacinas vêm se mostrando eficazes em relação a essa variante, porém àquelas pessoas que estão com imunização completa”, disse.

“Eu queria defender que, você que passou seu dia de tomar a segunda dose e ainda não foi, vá logo, porque você só estará imunizado com as duas doses”, acrescentou.

Até o momento, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) não identificou nenhuma pessoa infectada na Bahia com esta variante.

Bahia Notícias