Comissão da Câmara discute meio-termo para tentar viabilizar proposta de voto impresso

A comissão especial da Câmara dos Deputados discute a adoção de um meio-termo para a facilitar a tramitação da proposta do voto impresso auditável. Seria uma forma de diminuir a resistência à ideia, que é uma das bandeiras do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Na semana passada, integrantes da comissão especial propuseram que seja adotado um percentual para a auditoria do voto impresso, em caso de questionamento ao resultado das urnas eletrônicas.

A ideia inicial era a realização de uma conferência de 100% dos votos impressos. Agora, integrantes da comissão especial defendem uma auditoria, por exemplo, de 10% ou 20% das urnas lacradas.

O relator da PEC (Proposta de Emenda à Constituição), Filipe Barros (PSL-PR), ainda defende a realização de uma auditoria de 100% dos votos impressos, mas reconhece a necessidade de distensionar o clima na comissão especial.

“Se conseguirmos distensionar a proposta, é um caminho. Só não queremos mudar a essência da medida”, disse à CNN Brasil. “A proposta só será colocada em votação na comissão especial se houver certeza de apoio da maioria”, acrescentou.

Para estabelecer um percentual de amostragem, integrantes da comissão especial avaliam a solicitação de pesquisa ou estudo a um órgão de estatística, como, por exemplo, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A comissão especial se reúne nesta segunda-feira, 5, para discutir o parecer do relator. Na última segunda-feira, 28, Barros apresentou relatório favorável, mas um pedido de vista coletivo adiou a votação do relatório.

A Tarde