Ipirá: Se estivesse vivo, Dr. Delorme Martins completaria 103 anos hoje
A população de Ipirá sente falta do médico, amigo, político e filantropo Delorme Martins. Nascido em 21 de junho de 1918 na cidade de Baixa Grande, Dr. Delorme, foi o mais Ipiraense dos homens a andar por estas ruas que ele mesmo ajudou a calçar.
Filho de Dr. Francisco Martins da Silva e de Dona Dagmar Martins, Delorme não veio ao mundo para viver por viver e nem medir palavras. Sabia desde cedo que ia deixar sua marca e não tardou a fazê-lo.
Graduou-se medico, assim como seu pai, pela Universidade Federal da Bahia em 1943. Aos 27 anos de idade casou-se com a professora Catharina Lima Santos, sua companheira em 65 anos de matrimônio e fortaleza em todas as tempestades de sua vida, uma constante.
Ainda no mesmo ano mudou-se para Ipirá e na medicina dedicou-se a população com tal plenitude e abnegação, qual só os iniciados nessa arte podem compreender. Medicina não era a sua profissão, era a sua essência. Não trabalhava como médico. Era médico. Sempre foi ao encontro dos desafios com cabeça erguida e os passos largos do homem grande que foi. Quantas famílias o receberam em suas horas mais negras e se apoiaram na rocha do seu olhar seguro e seu ombro forte? Foi Obstetra, Clínico, Cirurgião, Psicólogo. Amigo. Foi sempre calmo. Sempre presente.
Em 1946 deu a Ipirá a Casa de Saúde Santa Helena aonde praticou sem interesses maiores por mais de 60 anos o seu sacerdócio, sempre vestido do branco que tão bem representou seu caráter. Foi médico com um amor de pai e gozou na sua profissão a recompensa justa dos que respondem sem reservas ao chamado da sua vocação. Nesta casa de saúde, na qual tantos grandes nomes estiveram ao seu lado: seu genro, e porque não chamá-lo de filho, Roberto Cintra, sua irmã Maria Angélica, que para sua grata surpresa se juntou a ele na sua paixão de servir sempre e, onde hoje tantas angustias encontram amparo e onde tantas dores encontram alívio.
A população de Ipirá sente muitas saudades de Dr Delorme Martins.
Da redação.