Campanha incentiva envolvimento dos pais e responsáveis na vida escolar dos filhos

Uma campanha para conscientizar as famílias sobre a importância do envolvimento na vida escolar dos filhos é lançada neste sábado (24), pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). A ação faz referência ao Dia Nacional da Família na Escola, celebrado sempre em 24 de abril.

A iniciativa, coordenada pela Secretaria Nacional da Família (SNF), inclui a divulgação de cards nas redes sociais do ministério. O material incentiva pais e responsáveis a participarem ativamente da vida escolar de seus filhos.

Também para estimular o envolvimento dos pais, o MMFDH defende que as famílias tenham liberdade para escolher a modalidade de ensino a ser aplicada com suas crianças. “Essa defesa se baseia no artigo 206 da Constituição Federal, que assegura o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, além da liberdade de aprender e ensinar”, relata a titular da SNF, Angela Gandra.

Dessa forma, a pasta tem participado de uma série de audiências públicas com enfoque no debate sobre o ensino domiciliar, conhecido como “homeschooling”, nas quais, especialistas e autoridades discutem a regulamentação dessa modalidade de ensino.

“O homeschooling já é um fato no Brasil e precisamos regulamentar a prática. As famílias que se dedicam ao ensino de seus filhos não podem ficar à margem da legalidade, principalmente porque a nossa Constituição confirma que a educação é um dever do Estado e, também, da família”, reitera Gandra.

Ensino domiciliar

Muitas famílias interessadas no homeschooling têm acompanhado as discussões sobre a pauta, como é o caso da família Webergton Carvalho e Juliana Carvalho, que moram em Nova Petrópolis (RS). Pais do pequeno Joaquim, de apenas seis meses de vida, eles já estão se preparando para o desafio do ensino domiciliar.

“Sou pedagoga e prezo pela educação familiar pelo desejo em ser protagonista na educação dos meus filhos. Acredito que o homeschooling pode oportunizar um currículo que atenda às necessidades individuais deles”, diz Juliana.

Apesar de muitos críticos afirmarem que essa modalidade é prejudicial para a socialização das crianças, a pedagoga discorda. “A socialização pode acontecer de forma até muito melhor em outros ambientes. A criança pode socializar na igreja, em um clube, em cursos entre outros”, acredita.

Os Carvalho pretendem iniciar o ensino domiciliar quando Joaquim estiver com quatro anos. Até lá, a família tem se preparado pedagogicamente, emocionalmente e financeiramente.

“Planejo deixar meu emprego para me dedicar ao ensino domiciliar. Além da leitura de diversos livros, temos buscado conhecimento por meio da experiência de famílias que já vivem isso. Muito estudo sobre currículo, metodologias e rotina”, conclui Juliana.

Assessoria de Comunicação Social do MMFDH