Bolsonaro reúne chefes de Poderes para discutir o combate à covid-19

O presidente Jair Bolsonaro se reúne na manhã desta quarta-feira (24) com os chefes dos demais Poderes para discutir o enfrentamento à pandemia. Participam do encontro, no Palácio da Alvorada, os presidentes do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Fux, do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

O objetivo do encontro é fortalecer o ambiente de união nacional para prevenção e combate à covid-19, além de ser um espaço para discussão de ações institucionais conjuntas.

No encontro, há previsão de participação também dos ministros Marcelo Queiroga (Saúde), André Mendonça (Justiça), Fernando Azevedo (Defesa), Luiz Eduardo Ramos (Governo), Augusto Heleno (GSI), José Levi (AGU), além de governadores das cinco regiões do país e do general Eduardo Pazuelo. A agenda será fechada à imprensa e não haverá transmissão.

O presidente tem sido pressionado a estabelecer uma espécie de comitê gestor para coordenar a estratégia de ação contra a covid-19 ou uma orientação nacional para tentar reduzir o número de casos e mortes da doença no país.

Os presidentes da Câmara e do Senado têm demonstrado preocupação com a falta de uma coordenação nacional. Nos últimos dias, ambos conversaram com o presidente e com ministros da área política para defender que um comitê, liderado pelo novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, mas afinado com estados e municípios, poderá conter o colapso sanitário no país.

Há grande preocupação no Congresso não apenas com a falta de leitos de UTI, mas também com o fim de estoques de medicamentos necessários para atendimento e intubação dos pacientes.

No caso do Judiciário, o presidente do STF, Luiz Fux, vai participar das conversas, mas seguindo a deliberação tomada pelo plenário da Corte na semana passada de não participar de nenhum ato que possa vir depois a ser questionado judicialmente.

Pronunciamento
Nesta-terça-feira (23), Bolsonaro fez pronunciamento em rede nacional para destacar as ações tomadas pelo governo para a obtenção de vacinas desde o ano passado. Foi o primeiro pronunciamento em 2021. No ano passado, foram sete comunicados e apenas um deles não tratou diretamente da pandemia.

Nas últimas semanas, o país registrou recordes no número de mortes e casos da doença. E, em meio à falta de leitos, de medicamentos para intubação e de um lento processo de vacinação, o presidente trocou o comando do Ministério da Saúde. O cardiologista Marcelo Queiroga foi empossado e nomeado nesta terça-feira.

Apesar de aparecer no topo da lista de vacinados em número absolutos, apenas 5,8% da população recebeu a primeira dose de imunizante. Considerando as duas doses, o índice cai para 1,34%. De acordo com o site Our World In Data, da Universidade de Oxford, entre os países que mais vacinam estão Israel, Reino Unido e Chile.

R7